sexta-feira, 20 de julho de 2007

Lucilda e os Palhaços Tarados.




Essa é uma história triste, aconteceu em Florianópolis/SC.

Lucilda era uma garota pobre de origem. O pai, um conhecido bandido do morro do Vidigal no Rio de Janeiro e a mãe, ex-prostituta do porto de Santos, conheceram-se num jogo do Flamengo, no Maracanã. Estávamos no verão de 1974 e o Brasil ainda combatia o terrorismo de esquerda com mão de ferro. No afã de preservar a liberdade, os militares invadiram o estádio e desceram o cacete na urubuzada, chovia bala para tudo quanto é lado. Os pais de Lucilda se refugiaram no barracão que seria a sede do Comando Vermelho anos mais tarde (orgranização que teve suporte intelectual de comunistas), onde foi concretizado o coito animalesco que deu origem à protagonista de nossa triste história. Quando Lucilda nasceu o pai a rejeitou, desconfiava da infidelidade da parceira que noites atrás se deitara com toda a torcida rubro-negra. Expulsa de casa, sua mãe vagou por meses procurando vaga nos prostíbulos da cidade maravilhosa. Deu, ou melhor, vendeu sua fonte de prazer por noites ininterruptas, até que ficara visível sua gravidez e o cafetão teve que demiti-la do ofício. Perambulou os bairros nobres da zona sul na esperança de um lugar ao sol. Às vezes davam-lhe o que comer, regozijava-se quando retinha alguns restos de comida que, num gesto de incrível humanidade a caridosa elite carioca lhe concedia. Era andarilha, incomodava a todos mas mesmo assim não morreu de fome, comia feito uma cadela prenha. Pariu Lucilda num beco escuro, defronte ao famoso Hotel Copacabana.

Sem recursos para criar a miserável que pôs no mundo, a mãe de Lucilda doou a filha a um casal ricaço de Santa Catarina, a respeitável família alemã Waisifiuder. À medida em que ia crescendo, a pequena infante de origem precária aprendia os valores fundamentais da vida: apreciava um bom charuto, distinguia claramente um Romanée-Conti de uma cidra de Paranaguá. Fôra instruída a praticar atividades esportivas decentes como tênis, squash, hipismo e golfe. Tinha vida regular, de princesa se comparada a outras meninas de um país de terceiro mundo como o Brasil. Mas Lucilda tinha um defeito grave, congênito, provavelmente herança do sangue ruim de seus pais: era socialista já aos 7 anos. Gostava de andar com amigos pobres dos bairros circunvizinhos, de status reconhecidamente inferior aos de sua gloriosa família. Entre esses amigos estava um moleque perdido, homossexual, que morava perto da Av. Mauro Ramos, no centro da cidade. Certo dia o rapaz a convidou a ir ao circo, instalado nas imediações da Universidade Federal. Era um circo criado por um grupo de voluntários da universidade, composto na maioria por estudantes gramscianos da área de exatas e biomédicas, que improvisavam o espetáculo. Era um domingo, inesquecível dia 4 de julho. O festival de horrores estava para começar.

Lucilda chegara ao circo. A apresentadora, uma riponga emaconhada, introduziu o grupo responsável pela atividade. Deu uma pausa e começou a criticar os Estados Unidos. Proferia bobagens sobre imperialismo, guerra no Vietnã, etc. O público aplaudia de pé, Lucilda, criança inocente, acompanhava a trupe calorosamente. E assim, seguiam-se os shows, cada um mais esquerdista que o outro, cada um mais aplaudido que o outro, o lugar estava infestado de esquerdistas. Enfim, chegara a hora do número mais aguardado: o dos palhaços. A apresentadora anunciou a dupla bizarra, os palhaços Dréppy, o saltitante e Brônho, o linguarudo. A encenação era a mais tosca possível, os palhaços interagiam com a platéia contando piadas politicamente corretas, todos riam até entrar numa espécie de catarse ou transe caótico virulento. Não é preciso dizer que no final a performance mais aplaudida fora a dos palhaços. Lucilda era a das mais empolgadas, adorava pessoas idiotas se fazendo de retardadas. No auge do seu entusiasmo, seu amigo pervertido a convidara a conhecer os bastidores, os artistas por detrás das máscaras. Lucilda aceitou de pronto. Visitaram então os personagens mais asquerosos do mundo circense: a mulher-russa barbada, o homem-bomba afegão, o piloto islâmico acrobata, o cavalo real, o burro Vermelhinho, o transformista malaio, etc. Aproximava-se o momento derradeiro, aquele pelo qual Lucilda tanto esperava, a visita ao trailer dos palhaços.

Era uma tarefa hercúlea, muito disputada. Dréppy e Brônho eram as maiores atrações do circo “Foice e Martelo”. Mas Lucilda tinha paciência, esperara horas e horas, não iria perder aquela chance. Finalmente, entrara no trailer. Era um lugar bonito, portas de mármore, lustres de ouro, familiar à tradição humanista da família de Lucilda. Ela estranhou à primeira vista, todavia a emoção era tão grande que nada disso parecia tirar sua atenção dos vultos que se aproximavam para recebê-la. O primeiro a cumprimentá-la foi Brônho e logo depois, Dréppy. Este último estava com um broche de um famigerado sindicalista de esquerda que fazia baderna no ABC paulista. Falaram sobre muitas coisas, repetindo no final de cada frase as jocosas palavras-de-ordem: “morte ao capitalismo”. Doutrinaram de tal modo a cabeça da pobre criança a ponto de induzirem-na a entrar no Partido. Era uma honra para Lucilda, todos falavam do Partido mas poucos tinham conhecimento do mesmo. No entanto, para entrar no Partido era preciso abraçar a causa coletivista, começando pelo próprio corpo. Oh, pobre infante! Dréppy e Brônho a levaram para um quarto escuro, após a ante-sala do trailer no qual estavam ela e seu amiguinho prismático. Este tinha se ausentado para conhecer o canhão do homem-bala.

Dentro daquele ambiente hostil, onde figuravam pôsteres de Che Guevara, Fidel Castro, Carlos Lamarca e Brejnev, iniciou-se um ritual chamativo, para não dizer estranhíssimo. Enquanto Lucilda era amarrada por Brônho, Dréppy pulava feito um depravado de uma extremidade à outra. Brônho dizia que era por causa da felicidade de estarem no Partido, por serem de esquerda. Lucilda em tudo acreditava, até que os dois palhaços ficaram nus, mostrando seus corpos ridículos. Agora era Dréppy que lhe explicava a gênese do ser humano, o comunismo de Adão e Eva. Oh, queridos leitores, lágrimas correm nos meus olhos quando narro essa cena. Os dois palhaços falavam a Lucilda que as roupas eram uma mercadoria, faziam parte da lógica burguesa. Após esta narração do inferno, não é preciso relatar o que veio a seguir.

Passou muito tempo e repetidas vezes Lucilda visitava o circo, chegando a ponto de trabalhar nele. Envergonhou seus pais quando decidiu se mudar para Cuba aos 21 anos. Morreu afogada aos 34, quando tentava cruzar a fronteira rumo à Flórida.

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terça-feira, 17 de julho de 2007

Grandes Damas do Soçaite



Inicio esta seção em meu blog, homenageando a grande dama da sociedade carioca e mundial: a elegante Sra. Carmen Mayrink Veiga, uma mulher admirável, excelente dona de casa, impecável nas regras de etiqueta e possuidora de uma beleza clássica, européia, além de ser uma mãe exemplar!

Por vinte e três anos esteve na belle Paris frequentando as mais altas rodas da sociedade, os jantares mais luxuosos, andou em carros como Rolls-Royce, Ferrari, Aston Martin e outros de igual quilate, além de usar roupas e modelos chiques dos maiores nomes da moda mundial de todos os tempos, os notáveis Givenchy, Saint Laurent, etc. Como que tudo isso fosse pouco, Carmen teve um retrato pintado pelo cult Andy Warhol em Nova York. Que bons tempos eram estes do High Society!

Humilde, mas nunca perdendo a majestade, trabalhou no jornal "O Dia" em 1997 ensinando etiqueta e oferecendo dicas de moda para o povo simples do Rio de Janeiro. Hoje, nossa amada Carmen sonha ter um programa de moda na televisão que seria, sem dúvidas, um estouro! Esta glória ainda há de realizar-se em breve!

Que assim seja!

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sábado, 14 de julho de 2007

Testemunhas de Jeová, a História de Alex.



Essa a história de Alexsandro, natural de Pelotas, hoje cidadão ilustre da Carolina do Sul, Estados Unidos. Seus avós eram pobres comerciantes da cidade americana de São Francisco e migraram para o Brasil em busca de fortuna. Chegaram na região do Paraná para trabalharem com café e logo prosperaram. Seus filhos decidiram expandir os negócios da família rumo ao Paraná, estabelecendo relações comerciais com gaúchos que vendiam charque para a então capital federal, o Rio de Janeiro. Astolfa, a mãe de Alexsandro, tomou a frente do empreendimento demonstrando grande incompetência, fato que a aproximou bastante dos ideais subversivos feministas que pipocavam na época do glorioso regime militar de Castello Branco. A promiscuidade de ideais afastou Astolfa do bom caminho da fé que seus pais, avós de Alexsandro, defendiam com vigor: eram presbiterianos e sua filha era atéia e nova convertida à heresia da igualdade sexual.

No meio da complicadíssima situação financeira que a firma familiar sofria, os vendedores de charque resolveram suspender as transações enquanto a dívida da empresa não fosse paga. O prejuízo era enorme, a triste contabilidade reforçava o remorso dos avós de Alexsandro em contratar sua filha. Estavam convencidos que as mulheres não têm tino para os negócios, mas Astolfa negava culpa, jogava seus erros nas costas do “sistema” ao mesmo tempo em que esperava um milagre para salva-la da demissão iminente. Foi aí que conheceu Josenaldo, sócio de um truste gaúcho de Porto Alegre. Todos sabiam que a aparência de Astolfa era horrível: falava grosso, tinha mau-hálito, era grande, feia e com buço digno de um Nietzche. Josenaldo, por sua vez, era delicado, pele de bebê, olhos claros, lábios e voz fina e trêmula. Não demorou a que ambos se conhecessem e dali crescesse um sentimento forte de amor de um homem por uma mulher, de Astolfa e Josenaldo respectivamente. Como este último era depositário da confiança dos acionistas, propôs a sua parceira a fusão das empresas em um grande conglomerado de frigoríficos na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Aqui começa nossa história.

Alexsandro, doravante Alex, nasceu com saúde e sempre recebera a atenção dos pais. Era uma criança aberta, tudo compartilhava, tudo dava a seus coleguinhas e amigos desde a mais tenra infância. Pouco campestre, á medida que crescia e virava um rapaz deixava constantemente o isolamento da fazenda onde eram mantidos os animais para o abate da carne, para aventurar-se na área urbana de Pelotas. O animalzinho que ele mais gostava era um cachorrão fila, procriador, companheiro inseparável do então adolescente sulista. Devemos recordar ao leitor que os pais do nosso protagonista eram ateus e contrários à ordem cristã e à manifestação religiosa. Por causa disso, achavam ótimo a assimilação de hábitos terríveis, desagregadores, comumente não aceitos pelos conservadores, como a perda da virgindade feminina antes do casamento, o uso de roupas extravagantes, a pornografia e o rock. Alex é vítima deste ambiente horrendo imposto por Astolfa e Josenaldo, porém, sobretudo, é vítima de suas próprias escolhas. Tudo começou aos seis anos de idade, quando brincava com as bonecas de seu melhor amigo e pior foi quando começou a brincar de médico com os rapazes da vizinhança. Não obstante, interessara pela ideologia feminista da mãe e comportava-se delicadamente como o pai.

Aos 17 anos passara com louvor no exame vestibular, prestara corte e costura com ênfase em decoração. Na faculdade contaminou-se com ideais esquerdistas mas na prática Alex era uma pessoa complexada e infeliz, um ser triste que descontava na sociedade suas próprias frustrações sexuais. Um belo dia, participando de uma passeata gay, encontrara com um senhor de idade, sisudo e com cara de poucos amigos. O motivo é desconhecido, o que se sabe é que nosso jovem apaixonara-se por aquele ancião e não tardou a descobrir o telefone daquele homem misterioso. Dias depois da manifestação, Alex juntou toda a coragem e ligou para o velho, qual foi a surpresa quando a atendente disse: Companhia Testemunhas de Jeová, pois não? Aquilo foi estarrecedor e inesperado, um choque para alguém que não ouvia um nome divino há anos. Infelizmente não deu ouvidos à voz do outro lado da linha e resolveu desligar o telefone. Raivoso, tirou sua agenda da Hello Kitty do armário e pôs-se a convidar seus parceiros para o que demoninara A Grande Orgia. O festival de fornicações tinha iniciado no último dia de dezembro, perto do Reveillon de 2005, ano da Graça. Satisfeito sexualmente, mas derrotado espiritualmente, a imagem do ancião retornava à mente de Alex, o mantinha acordado, perplexo. Resolvera abandonar a casa e andar pelas ruas de Pelotas.

Todos os pensamentos vinham a ele, pensava em tudo que fizera desde então concluindo que sua vida não tinha sentido. Cabisbaixo, o rapaz chorava e a idéia de suicídio lhe era freqüente. De repente, viu que não estava sozinho, um homem senil colocara as mãos sobre seu ombro, entregando-lhe um cartão com a seguinte mensagem: Feliz 2005. Alex refletiu sobre o fato e decidido, alojou-se num hotel fora de Pelotas. Como algo tão puro conseguiu afastar a desesperança? Simples, o 2005 era o sufixo do telefone do velho o qual Alex ligara pouco após a passeata. Viu que não se tratava de uma coincidência, pegou o táxi e saiu a procura do dono do cartão, mas as ruas estavam desertas. Estafado, relaxou e dormiu na Praia do Cassino, famosa pelos marimbondos. No sonho, uma voz preenchia-lhe as lacunas do ouvido: Alex, não te esqueças quem te criaste! Oh, este que vos narra está deveras emocionado, leitores. A mudança foi da água para o vinho. No dia seguinte, na faculdade, Alex apareceu todo borrado mas com um ar de dignidade insuperável. Despediu-se de seus ex-parceiros do sexo, tomou o primeiro avião rumo à América com escala em São Francisco. Naquele local, deixou uma coroa de flores simbolizando seu rompimento com o homossexualismo. Voou novamente, desta vez para a Carolina do Norte e abriu-se de corpo e alma à religião: tornou-se Testemunha de Jeová.

Hoje Alex vai de porta em porta levando a palavra de Deus e agradecendo ao Mestre por sua conversão. A bebida e o crack fazem parte do passado, a sodomia é história para sempre enterrada. Casou-se, teve filhos e entrou para a Ordem do Rifle. Que bênção. Esta foi a vida de Alexsandro, e nos mostra que a renovação dos anos è uma esperança à humanidade perdida e afogada em seus pecados.

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domingo, 8 de julho de 2007

Cidadão Socialista de Bem.



É suficiente que os homens de bem se manifestem apenas uma vez contra os traficantes de drogas para que as libélulas energúmenas aduladoras do socialismo rastejem em uníssono destilando sua peçonha. Anátemas sois! Oh, que maravilhosa revelação! Não há escapatória no mundo de trevas reservado aos blasfemos que enganam os fracos com discursos acerca dos direitos humanos. Arrependei-vos, infiéis, servos dos obscuros Marx e Engels, enquanto o processo de catarse vos é permitido pela graça misericordiosa do Mestre.

Cessai imediatamente com ações e retóricas que não vos pertence, respeitai o bom senso dos homens que sabem diferenciar o simulacro e o oportunismo de vossa seita satânica! Não vos passai por cidadãos socialistas de bem frente aos coniventes do banditismo enquanto comungai na ideologia que prega a violência e extermínio!

Levaremos a educação, o teleférico, a internet, a música clássica, o posto de saúde, enfim, a modernidade e esperança àquela terra de ninguém, o malfadado Complexo do Alemão. Restaurar-se-á a ordem e a favela passará à categoria de protetorado das pessoas de bem que fazem o Rio de Janeiro. O povo favelado, imberbe e desacostumado à tradição democrática do Estado, será regido por um Conselho de Nobres e homens sábios, aristocráticos e bem-aventurados que representam os degraus mais altos da evolução humana. Os aristocratas serão admirados e benquistos pela população infeliz da favela.

Cidadão Socialista de Bem, estamos atentos as suas manobras e metamorfose vil.

Eu, Aristocrata, o demiurgo, assim o digo!

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quinta-feira, 5 de julho de 2007

Afago de um Discípulo.



Ao impertérrito irmão Aristocrata:

Ó dileto confrade, alvíssaras! Meus olhos pejaram-se de copiosas lágrimas ao ler a sacratíssima exortação do Mestre! Durante muitos lustros, oh ínclito irmão d'armas , perambulei pelo cinéreo orco de sombras da heresia, da perfídia, emanações luciferinas do hórrido coletivismo; mas hoje, em humilíma contrição, admito, recebo e exalto a verdade perene, o alpha e o omega da mirífica Filosofia, assim como o imorredouro lume da pureza d'alma, infinitamente presentes nos ensinamentos do Mestre! Ó excelso Aristocrata, o século entregue está a toda sorte de taras, endrôminas e inauditas perversões; ditosos, portanto, os amparados pela supina âncora moral e filosófica do Mestre, pois só Ele regenera, compreende, sublima e redime!

Por Alfredo.


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terça-feira, 3 de julho de 2007

Veritas Sculptor



Organização secreta que objetiva alcançar a paz entre os povos e o amor entre os indivíduos. Somos uma irmandade democrática e pacífica, unidos pela fé indissolúvel na sacrossanta Palavra de nosso Mestre. Aqui não haverá João nem Maria, e sim "querido irmão" e "querida irmã". Entre, seja um iniciado, venha ceiar conosco e conhecer os mistérios da Luz.

Queridos Irmãos,

A Veritas Sculptor é como um pastor benevolente que zela por vossas reses, guiando-as pelo bom caminho da Luz e da Salvação. Ao menor sinal de perigo que ameace vosso rebanho, a Irmandade agirá firme e impiedosamente contra os lobos das trevas a fim de recuperar a ovelha desgarrada. Poucos são capazes de compreender este Santo Mistério, tal é o laço de fé que nos une às Palavras do Mestre. Não importa quais as atribulações que porventura poderemos sofrer, as privações ou cárcere aos quais seremos submetidos. Infligir-nos-ão aos maiores castigos mas resistiremos.

Oh Glória! Que benfazeja Revelação!

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terça-feira, 26 de junho de 2007

Visões da Ponte Vecchio



Eis que hoje recordava as belezas da inigualável Firenze, patrimônio cultural do ocidente e que muito nos orgulha. Que bela maneira de trazer ao espírito, um pouco de ânimo que enriquece a alma. Oh Glória!

Atravessando a ponte Vecchio, deleitava-me com as lojas que vendem jóias e depois observava serenamente o rio Arno enquanto tomava meu café Illy. Questionava para comigo a propósito de Michelangelo Buonarroti, a beleza de sua maior obra-prima, David. Pensava que ele, caso eu vivesse em sua época, poderia tirar o molde desta escultura de meu corpo como uma perfeita simbiose entre sua mente brilhante para com meu belo e atraente físico, uma produção franco-italiana, vantajosa para espécies diferentes dentro do modelo ocidental que também encantaria a todos no mundo inteiro, inclusive os islâmicos. A única critica que posso ater sobre esta maravilhosa escultura seria sobre o tamanho do falo. Neste ponto creio que Michelangelo dormiu no ponto e comigo tinha que ser diferente.

Ainda admirado com meu passeio tão agradável, via criançinhas correndo atrás de bolhas de sabão lançadas por seus pais, carabineri prendendo os poverettos africanos que vendiam miniaturas de "Perseu con la testa di Medusa" feitas na China e também olhava as bellas ragazzas locais que exibiam em suas mini-saias e calças biancas semi-transparentes, extasiantes fios dentais. Inclusive, naquele momento, passaram três que exibiam as cores azul, branca e vermelha respectivamente, o que fez lembrar de minha querida França.

Quem for a Firenze, não perca as visões que a ponte Vecchio proporciona, pois coisas tremendas acontecem por lá, além da presença em espírito de Michelangelo.

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